4.º volume da saga "Millennium" não existe

Eva Gabrielsson, companheira dos últimos 32 anos do escritor sueco Stieg Larsson, negou hoje que exista um quatro título da saga "Millennium".
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Falando à BBC Radio 4, Gabrielsson disse que "não são seguros" os rumores que dizem que Larsson, falecido em 2004, tenha deixado essa obra escrita num computador portátil, e só tem conhecimento de cerca de 200 páginas desconexas.

"Há o começo de um quarto livro", reconheceu Eva Gabrielsson que está envolvida numa batalha legal com a família do falecido escritor, pelos direitos sobre a sua obra.

"Estimo em 200 páginas, a julgar pelo que vi e pelo que sei do volume de trabalho que tinha nos últimos dois meses" de vida, disse a antiga companheira.

Em janeiro deste ano, a agência France Presse noticiou que Eva pretendia concluir o quarto volume deixado inacabado por Stieg Larsson, falecido a 09 de novembro de 2004 devido a um enfarte, depois de entregar aos editores três manuscritos que venderam 45 milhões de exemplares em todo o mundo.

Na ocasião, Eva Gabrielsson afirmou à France Presse: "Sou capaz de concluí-lo. Stieg e eu escrevemos juntos muitas vezes",

Porém, a antiga companheira do escritor sueco, disse que o pretendia fazer dentro da legalidade, e por isso queria os direitos morais da obra. "Os Larsson recusaram", lamentou, prometendo continuar a lutar pelos direitos.

Hoje, à BBC Rádio 4, Eva Gabrielsson afirmou que "muitos dos pensamentos e ideias que há no 'Mellenium' são suas, e acrescentou que algumas coisas eram "apenas" suas, outras de Larsson e outras ainda que "as tinham desenvolvido juntos".

Em dezembro passado, Kurdo Baksi, um amigo de Larsson explicou, em entrevista à agência Efe, que se Eva assinar o quarto "Millenium", de que o escritor sueco deixou escritas 320 páginas, e dividir os lucros com a revista Expo, poderá publicar o romance em 2015. Naksi precisou na altura que "Millenium" se inspirou numa obra sua.

Eva Gabrielsson editou, recentemente, um livro intitulado "Stieg and me" que assegurou não ser um gesto de "vingança" mas apenas de "justiça", com o intento de desenhar um retrato do companheiro de toda a vida.

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